Se você nunca foi a Maceió, coloque a capital de Alagoas no seu mapa. É imperdível!!!
Considerada uma das capitais mais bonitas do nordeste – para alguns, a capital mais‘fotogênica’- Maceió oferece aos turistas uma orla extensa e preservada, com um lindo mar em tons de verde, piscinas naturais, coqueirais a perder de vista, uma excelente culinária, além de um povo alegre e muito simpático.
Aliás, quanto mais viajo por esse nosso ‘Brasilzão’afora, mais me convenço que Lulu Santos tinha toda a razão: o Havaí é mesmo aqui.
Maceió é uma cidade simples, de fácil deslocamento, por isso o ideal é alugar um carro, aproveitando o fato de que as principais atrações concentram-se numa linha reta e encontrar lugar para estacionar nunca é problema. Muito embora as praias mais bonitas fiquem ao norte e ao sul de Maceió, a ‘vibe’da orla do centro da cidade é vibrante e contagiante. Assim, vale a pena ficar por lá pelo menos dois dias para curtir a praia e passear pelo calçadão no final da tarde.
Assim, sugiro que inicie sua viagem escolhendo um dos hotéis da praia de Pajuçara - você poderá escolher aquele que melhor se encaixa no seu bolso pelo Booking, Decolar ou Tripadvisor.
Nessa praia você encontrará dezenas de jangadas que levam os turistas aos arrecifes, pouco quilômetros mar adentro, onde as piscinas naturais, os peixinhos coloridos e as formações de coral fazem a diversão da galera.
Sucesso de público e no quesito gente bonita, ali você também vai encontrar as barracas Lopana e Kanoa, lugar perfeito para um fim de tarde ao som de jazz e música estilo lounge. Também pode ser uma ótima alternativa para as manhãs de sábado ou domingo, dias em que ambas as barracas estendem seu atendimento à faixa de areia em frente, com um cardápio cheio de sucos feitos da própria fruta, caipiroscas no ponto, saladas e caldinhos. E, caso não tenha se interessado em ir de jangada às piscinas naturais, poderá optar pelo confortável passeio de catamarã nas piscinas de Ponta Verde, que parte da Lopana.
Outro passeio divertido e obrigatório pelo centro é a Feirinha de Artesanato da Pajuçara, organizada com artigos bonitos e muita renda de filó – carro chefe do artesanato local. Lá também é um ótimo local para comprar castanhas de caju torradinhas, a preço bem convidativo.
Como optamos por ficar na praia do Francês, ao sul, não tivemos interesse em conhecer Maragogi, nem a rota ecológica das praias ao norte, muito embora existam vários passeios disponíveis. Pretendemos fazer isso em outra viagem. Assim, ao norte, o máximo que fomos foi até o bar e restaurante Hibiscus, que fica na praia de Ipioca.
Discretamente localizado dentro de um condomínio, o Angra de Ipioca, com acesso pela rodovia AL-101, o Hibiscus virou‘point cool’de quem quer curtir uma praia com estrutura rústico-chique e boa seleção musical de rock dos anos 60,70 e 80, jazz e MPB. O local é bonito e aconchegante e a infraestrutura é ótima, principalmente para a criançada. Mas prepare o bolso, porque apenas para entrar, terá que pagar R$25,00 por pessoa.
Se resolver ir até lá, minha sugestão é o polvo com ervas. Um dos melhores que já comi na vida. Ele simplesmente derrete na boca!!!
Na praia do Francês, ficamos no hotel Ponta Verde, novinho em folha, com quartos grandes e serviço muito bom. O local é ótimo e privilegiado, assim recomendo. Ela fica a apenas 33 quilômetros de Maceió, no município de Marechal Deodoro. Com tons de água que vão desde o verde claro ao azul intenso, a praia do Francês é considerada point pelos alagoanos.
Além de muita belezura, se der sorte, ainda poderá encontrar por lá o Nino, tirador de ouriço – figura carismática da região que vai fazer você entender que a arte sempre repete a vida - Chico Anízio que o diga. Espero sinceramente, que você, assim como eu, não precise dele. Por isso fique esperto nos passeios porque sim, há muitos ouriços nas pedras!!! E o Arliedson – sempre me divirto com esses nomes que homenageiam o avô, a avó, o vizinho e o ídolo de futebol em combinações que na maioria das vezes não combinam nada - ele fica zanzando de um lado para o outro da praia com roupa branca e chapéu amarelo, vendendo comida e seu imbatível “suco solvete - tão batido que vem nevado: com uma nuvem em cima”. Nem preciso dizer que é outra figuraça, né?
Lá também tem o delicioso acarajé da Malu e mais um monte de gente que se vira nos trinta e anda pela praia o dia inteiro, naquele sol de rachar o coco, vendendo uma variedade enorme de coisas com um sorriso no rosto e sempre muita história para contar...
De lá, um dia fomos até a Barra de São Miguel, outro balneário bem badalado da região sul, onde ficamos na barraca de praia Praêro, local bem gostoso, para variar. Lá, além do coquetel clássico de abacaxi, servido na fruta, comemos o filé cremoso indicado pelo garçom, que indico.
E noutro, fomos até a praia do Gunga, considerada pelo Guia 4 rodas, um dos cenários mais deslumbrantes do Brasil. Seu acesso pode se dar de barco, partindo da Barra de São Miguel, ou de carro. Lá o calmíssimo e transparente mar é fruto da junção das águas da lagoa do Roteiro com o oceano Atlântico. Para chegar ao Gunga de carro, você terá que seguir pela Rodovia e passar pela imponente ponte que atravessa a Lagoa até a fazenda de cocos onde está localizada a praia. O cenário é deslumbrante, e o coqueiral é a perder de vista. Simplesmente maravilhoso!!!
Mas, o mais legal de lá é que, cansou da areia e quer fazer alguma coisa diferente do tipo, voar num planador? Fazer passeio de lancha? Bananaboat? Atravessar até a Barra de São Miguel do outro lado do rio? Fazer umas comprinhas? Tem, tem, tem, tem e tem. E tem também passeio de quadriciclo ou de buggy até umas falésias ali nas redondezas, com cenário paradisíaco.
Esculpidas pela erosão, trabalho do mar, da chuva e dos fortes ventos do nordeste, essas falésias, com pequenos cânions e galerias apresentam cores e tons muito variados, uma composição capaz de deslumbrar qualquer visitante, até os mais exigentes.
Quanto aos restaurantes? Para quem gosta de comida típica nordestina, indico o restaurante Bodega do Sertão – lugar aconchegante, com decoração rústica e detalhes regionais de encher os olhos. Vale a pena experimentar a carne de sol com nata. O restaurante recebeu o prêmio da Revista Veja de Comer e Beber em 2011 e 2012.
Outro restaurante imperdível é o Imperador do Camarão – tem o restaurante e a barraca de praia. Lá, o carro chefe é o chiclete de camarão, prato típico da região. Vale a pena conferir.
Agora, se estiver cansado de comida típica e frutos do mar, uma ótima opção é o Parmegiano. Pratos muito bem servidos, serviço rápido e preço justo.
Também sugiro o Akuaba – comida baiana e o Wanchako - referência nacional de comida peruana, ambos muito bons, indicados por uma amiga alagoana do meu filho. Valeu a dica, Gabi!!!
Finalmente, não deixe de conhecer o restaurante SUR - denominado de cozinha alagoana criativa. Atualmente esse é o restaurante mais recomendado da região.
Carne de sol em formato de rosbife com dois tipos de molho, com destaque para cebolas caramelizadas http://blog.tnh1.ne10.uol.com.br/nidelins/2013/05/15/cozinha-alagoana-criativa/
Agora, se quiser uma lembrança diferente e ter a oportunidade de comprá-la das mãos do próprio artesão – o que particularmente eu adoro - vá ao Bairro das Rendeiras, que fica na direção sul, às margens da Lagoa Mundaú. As lojas se espalham pela rua oferecendo trabalhos em rendas e bordados no delicado estilo filé – rendado tipicamente alagoano.
Aliás, você sabia que o bordado filé é reconhecido como Patrimônio Imaterial do Estado de Alagoas e já é até exportado? Caracterizado pela confecção de uma rede similar à de pesca, presa nas extremidades a um tear de madeira, é trabalhado em agulha e linha de algodão, transformando-se em um bordado com vários pontos geométricos e multicoloridos. No bucólico bairro do Pontal da Barra, a ágil agulha das rendeiras vai em movimentos rápidos e cadenciados, compondo a malha de rede de pescar, enquanto a “prosa” corre solta à beira da Lagoa Mundaú. Talvez você não dê muito valor no local, pela forma como ficam expostos, mas se souber olhar com outros olhos....são verdadeiras obras de arte, ao alcance das mãos e do bolso.
E se você é daqueles que gosta muuuuuito de artesanato e valoriza a arte brasileira assim como eu, procure pelas peças de cerâmica de João das Alagoas, da comunidade de Capela. João das Alagoas, como tantos outros artistas brasileiros, é um homem solidário que segue ensinando seu ofício a muita gente de Capela, como é o caso da ex cortadora de cana e mãe de três filhos Sil. Ele já fez de tudo na vida. Foi pedreiro, pintor e doceiro, até que descobriu o seu talento para a cerâmica. E que talento!!! Mestre em criar bois com desenhos em alto relevo com temas da cultura e da vida do nordestino, João das Alagoas é um retrato vivo da cultura popular. Gente que faz.
Abaixo, a minha mais nova aquisição, que está em local nobre da minha sala eclética. Um dia ainda mostro para vocês todas as peças que trouxe das minhas andanças pelo Brasil, e que me enchem de orgulho!!!!
E ‘bora’ viajar na viagem: antes, durante e depois...
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